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Foi desta forma que Fernando Negrão, deputado do PSD e ex-ministro, comentou a escolha do tenente-general Mourato Nunes para a presidir à ANPC. MAI diz que há uma "nova natureza" na Proteção Civil.
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"O presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil foi substituído. E foi substituído por um general e não por um coronel", notou Fernando Negrão, esta tarde, no parlamento, durante o debate do Orçamento do Estado para o próximo ano.
O Ministério da Administração Interna (MAI) indigitou o antigo comandante geral da GNR, o tenente-general Mourato Nunes, para presidente da ANPC, na sequência da saída do antecessor, Joaquim Leitão, que deixou o cargo a 19 de outubro, depois de divulgado o relatório da Comissão Técnica Independente sobre o grande incêndio de junho.
Segundo o deputado social-democrata, que considera que o Governo "felizmente" alterou a liderança da Proteção Civil, "há coisas que são para coronéis e há coisas que são para generais". Nesse sentido, defende Fernando Negrão, que considera que as funções de liderança da ANPC "são para generais".
Durante a audição, e em resposta ao social-democrata, o ministro Eduardo Cabrita afirmou que o Governo está a preparar uma "reforma profunda da proteção civil", sublinhando que pediu à Inspeção Geral da Administração Interna para que apurasse "toda atuação da ANPC" no que diz respeito aos incêndios deste verão.
Abordando a escolha de Mourato Nunes, disse que há uma "nova natureza" e uma "nova liderança" da Proteção Civil, que segundo o ministro, deve "coordenar a transição para um novo modelo da Proteção Civil e articular a capacidade de atuar no combate com a cultura de prevenção".
Na resposta a Fernando Negrão, Eduardo Cabrita disse ainda que "até ao próximo verão nada pode ficar como dantes".