O problema não é novo, dizem os diretores das escolas e a Federação Nacional de Educação. Há escolas sem verbas para aquecimento e renovação de material.
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"Os orçamentos das escolas são muito pequenos, entregues por duodécimos, ou seja, mensalmente, e prevê uma verba que pouco dá mais do que para pagar água, luz, telefone e o contrato que as escolas têm com as máquinas fotocopiadoras", começa por sublinhar o presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.
Um orçamento reduzido que, diz Filinto Lima à TSF, se torna ainda mais curto no inverno, "sobretudo nas escolas do interior".
"Há diretores que prescindem de ligar o aquecimento porque a fatura da luz iria disparar e era incomportável tendo em conta o orçamento que as escolas têm disponível", continua, e há diretores a denunciar atrasos na libertação das verbas de 2017 por parte do Governo, como conta a edição de hoje do Diário de Notícias.
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Filinto Lima chama ainda a atenção para a falta de condições para uma boa aprendizagem, pois "não podemos estar a exigir aos alunos bons resultados sem um ambiente acolhedor" e, por isso, apela ao Ministério da Educação que dê às escolas "orçamentos realistas".
A Federação Nacional de Educação (FNE) recorda que o problema é antigo e que as escolas se debatem há muito com a falta de verbas.
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João Dias da Silva denuncia à TSF que esta é "uma questão que se arrasta dentro do funcionamento do sistema educativo, que é a insuficiência das dotações financeiras das escolas que estão sempre com extremas dificuldades para fazerem opções e muitas vezes têm que cortar em despesas que são essenciais".
Esta quarta-feira, a FNE e a Fenprof têm encontro marcado com a secretária de Estado adjunta e da Educação, Alexandra Leitão. Em cima da mesa está a progressão nas carreiras dos docentes.
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A Fenrpof vai ser recebida no Ministério da Educação pelas 17h00 e convocou para a mesma hora uma manifestação na 5 de Outubro, em Lisboa.