
Lisboa, 03/02/2014 - Urgências hospitaliares - Hospital Garcia de Orta ( Leonardo Negrão / Global Imagens )
Leonardo Negrão / Global Imagens
Em causa está a contratação adicional de 450 enfermeiros e 400 assistentes operacionais.
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O Governo publica esta segunda-feira um despacho que agiliza a contratação dos profissionais de saúde que saíram definitivamente ou se ausentaram temporariamente de forma prolongada (mais de 120 dias).
O despacho conjunto da ministra da Saúde e do secretário de Estado do Tesouro abrange todos os profissionais de saúde - à exceção dos médicos que têm um regime próprio.
A ministra da Saúde autoriza assim os hospitais do setor empresarial do Estado (EPE) a celebrarem contratos de trabalho a termo resolutivo incerto para substituição dos trabalhadores temporariamente ausentes, previsivelmente por período igual ou superior a 120 dias, mas também poderá autorizar a contratação sem termo de trabalhadores que cessem funções definitivamente.
O despacho consultado pela TSF formaliza a autorização da contratação adicional de cerca de 450 enfermeiros e 400 assistentes operacionais anunciada em janeiro e que começou logo a ser posta em prática, produzindo efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2018. O despacho agora publicado agiliza estas contratações.
O Governo defende nesse despacho que é preciso continuar a controlar as despesas com novas contratações nas empresas do Estado, mas os hospitais têm "especificidades que justificam que a autorização de recrutamento possa ser fixada globalmente e por grupo profissional": "As saídas definitivas de trabalhadores podem gerar perturbações ao normal funcionamento dos serviços saúde, pelo que importa permitir a substituição célere daqueles trabalhadores".
O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, disse à TSF que este é um passo positivo, mas defende maior autonomia para os hospitais: "Nós não estamos a falar de novas contratações, o que estamos a falar é de ausências prolongadas de profissionais poderem ser autorizadas diretamente pelos hospitais, como existia antes desta legislatura."