O Laboratório Nacional de Engenharia Civil arranca esta quarta-feira uma avaliação a pedido do hospital. Ainda se desconhece se houve falha técnica: "Houve um acidente adverso imprevisto."
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O Hospital São Francisco Xavier pediu ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil "um trabalho de avaliação do risco de manutenção das estruturas existentes", sejam edifícios, redes de água, eletricidade e cogeração, explicou, esta manhã, na Comissão Parlamentar de Saúde, Carlos Galamba, o vogal executivo do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO)
O pedido foi feito depois de 56 pessoas terem sido infetadas, das quais cinco acabaram por falecer.
No Parlamento, foi adiantado que dos 170 trabalhadores rastreados, apenas dois estavam infetados.
Os responsáveis pelo CHLO dizem desconhecer ainda onde existiu uma falha.
"O que aconteceu não sabemos. Não sabemos se houve uma falha técnica", disse Carlos Galamba.
Antes, a presidente do Conselho de Administração tinha admitido que houve "um acidente adverso imprevisto", de causas ainda desconhecidas.
Para já, a administração acredita que foi numa torre de refrigeração, uma vez que foi nesse local que foi identificada a bactéria da legionela com genótipo idêntico à identificada nos doentes.
Em resposta aos deputados, os responsáveis pelo Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental disseram estar "confortáveis" com os contratos de manutenção dos seus serviços, mas querem "ter a certeza" sobre a garantia da certificação do plano de manutenção do hospital.
Foi ainda pedido ao LNEC, um "trabalho mais profundo" sobre a central de cogeração.
Carlos Galamba adiantou ainda que a empresa responsável pela manutenção da torre de refrigeração realiza análises a cada quinze dias e tem manuais de procedimentos "muito detalhados".