Ministro da Defesa espera que dentro de "uma semana, dez dias" já não seja necessário ter elementos das Forças Armadas no país.
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O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, afirmou esta terça-feira que Portugal não prevê enviar mais contingentes militares para Moçambique, defendendo que o trabalho a desenvolver nas próximas semanas é essencialmente o das associações humanitárias e da proteção civil.
"As Forças Armadas estão lá no momento de resgate e de apoio, de salvar vidas, no fundo. Vamos passar rapidamente para uma segunda fase, que é essencialmente de saúde pública e de reconstrução. Esse momento já não será o momento das Forças Armadas, ou seja, essa emergência imediata parece já estar a passar", afirmou João Gomes Cravinho em declarações à Lusa à margem de uma conferência no Porto.
Para o governante, este é momento das organizações não-governamentais, das associações humanitárias, da Autoridade Nacional de Proteção Civil e da Cruz Vermelha, entre outros, para apoiar a reconstrução de Moçambique.
Neste sentido, Portugal não prevê enviar mais contingentes militares, mas o apoio a Moçambique manter-se-á a outros níveis.
"Temos mais um avião que parte amanhã [quarta-feira]. Continuará a ser necessário dar apoio aos moçambicanos. É um país irmão, um país que nos diz muito e, portanto, isso este apoio vai continuar nas próximas semanas. Os moçambicanos sabem que podem contar connosco", assegurou o ministro.
"A minha expectativa é que dentro de alguns dias, uma semana, dez dias já não seja necessário ter lá os elementos das Forças Armadas, mas vamos ver", concluiu João Gomes Cravinho.