Foram também abertos 52 processos a agentes e guardas que provocaram ferimentos a civis. SINAPOL não fica surpreendido com os dados do IGAI, enquanto o SEF associa queixas a atrasos nos processos.
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A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) instaurou, nos últimos seis anos, processos disciplinares a 11 elementos da PSP e da GNR por terem matado civis com armas de fogo durante operações policiais.
Os dados da IGAI revelam que, em 2017, foram abertos dois processos disciplinares a elementos da Polícia de Segurança Pública na sequência da utilização de armas de fogo e que tiveram como resultado a morte de civis.
Em 2014, aquele organismo tutelado pelo Ministério da Administração Interna (MAI) abriu quatro processos disciplinares, três dos quais a polícias da PSP e outro a um militar da Guarda Nacional Republicana. No entanto, em 2014 e 2015 não se registou qualquer morte, mas em 2012 registaram-se três mortes de civis e no ano seguinte duas.
No ano passado, a IGAI instaurou também processos disciplinares a cinco elementos da PSP por ferimentos em civis com armas de fogo durante operações policiais. Em 2016, seis pessoas ficaram feridas também por polícias da PSP, cinco das quais sem arma.
Em seis anos, foram abertos 19 processos a polícias (sete à GNR e 12 à PSP) após terem ferido civis com armas de fogo e 33 (26 à PSP e sete à GNR) por terem provocado ferimentos sem armas.
O presidente do SINAPOL - Sindicato Nacional da Polícia não fica surpreendido com o aumento das queixas contra agentes de segurança. Armando Ferreira sublinha que o importante é verificar quantas queixas têm seguimento.
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Já a presidente do sindicato dos funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) considera que as queixas contra esta força de segurança só se podem explicar pela demora que os processos levam a ser analisados. Manuela Niza Ribeiro recusa que haja qualquer problema de violência contra os cidadãos.
TSF\audio\2018\03\noticias\07\manuela_niza_ribeiro_12h
Notícia atualizada às 13h42 com as reações do SINAPOL e SEF