A Guarda Nacional Republicana deteve, até 24 de março, 20 pessoas e identificou outras 114 pelo crime de incêndio florestal. Queimas e queimadas indevidas reuniram 225 contraordenações.
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A operação Floresta Segura 2019 começou a 15 de janeiro, e, desde essa altura, a GNR tem apostado no "levantamento e sinalização dos locais que carecem de gestão do combustível, através de meios digitais como 'tablets' para a georreferenciação dos terrenos.
Até 24 de março deste ano, 20 pessoas foram detidas por causar fogos florestais e outras 114 foram identificadas.
A GNR revelou que este ano, até 24 de março, foram realizadas "cerca de 4.900 ações de sensibilização, alcançando mais de 91 mil pessoas, com o objetivo de alertar para a importância de um conjunto de procedimentos preventivos a adotar, nomeadamente sobre o uso do fogo, a limpeza e remoção de matos e a manutenção das faixas de gestão de combustível", avançou a força de segurança, em entrevista à Lusa.
O Governo já tinha identificado, em despacho, 1.142 freguesias de primeira e segunda prioridade de fiscalização das faixas de gestão de combustíveis para o ano de 2019, situadas em 190 municípios, sobretudo do interior norte e centro do país.
O prazo para limpar o mato e podar árvores junto a casas isoladas, aldeias e estradas terminou a 15 de março, pelo que os proprietários, em caso de incumprimento, ficam sujeitos a contraordenações, com multas que variam entre 280 e 120.000 euros.
Para esclarecer os cidadãos, a GNR disponibiliza a Linha SOS Ambiente e Território, através do número 808 200 520, que tem o custo de uma chamada local e funciona todos os dias, das 8h00 às 21h00.
"O objetivo é garantir a segurança das populações e do seu património e salvaguardar o tecido florestal nacional", defendeu a Guarda Nacional Republicana. Quanto às ações de sensibilização, o objetivo é "privilegiar o contacto pessoal", através de iniciativas em sala dirigidas a autarcas, produtores florestais, comunidade escolar, agricultores, associações e população em geral.
Além destas iniciativas, a GNR promove ações de rua e porta a porta. Só este ano foram "cerca de 10.900 patrulhas e percorridos mais de 840 mil quilómetros", com militares do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS).
As mais de duas centenas de contraordenações registadas este ano em queimas e queimadas levaram a GNR a reforçar o papel da plataforma informática que "permite uma gestão centralizada dos pedidos de autorização de queimadas extensivas e de avaliação de queimas de amontoados".
Segundo a lei, as queimas necessitam de uma comunicação prévia fora do período crítico de incêndios rurais, enquanto as queimadas exigem uma autorização.