
Rui Manuel Fonseca / Global Imagens
Matos Fernandes, ministro do Ambiente, disse, no parlamento, que as estações de tratamento têm meios adequados para lidar com eventuais problemas.
Corpo do artigo
O ministro do ambiente garante que, mesmo depois dos solos terem sido afetados pelos incêndios - por exemplo, através da combustão da camada vegetal que cobre os solos e do enriquecimento dos solos com cinza -, não irá haver qualquer problema com a qualidade da água da rede pública.
"Não há qualquer sobressalto no que diz respeito à qualidade da água para consumo humano em função dos incêndios que aconteceram", disse, no parlamento, João Pedro Matos Fernandes.
Questionado pelo deputado Carlos Matias, do Bloco de Esquerda que, tendo em conta que "boa parte" dos milhares de hectares ardidos pertencem à bacia hidrográfica do Rio Zêzere, quis saber se existem ou não estudos sobre a matéria, o ministro do Ambiente garantiu que as estações de tratamento têm meios adequados para lidar com eventuais problemas.
"As estações de tratamento de água que existem estão preparadas para remover todo o excesso de matéria orgânica ou outros materiais que possam chegar", afirmou, acrescentando que a EPAL tem um "plano de segurança da água aprovado recentemente e que foi feito com as mais desenvolvidas técnicas".
A área destruída por estes incêndios - iniciados em Pedrógão Grande, no distrito de Leira, e em Góis, no distrito de Coimbra - foi de cerca de 53 mil hectares.
Uma parte importante dos milhares de hectares ardidos pertencem à bacia hidrográfica do Rio Zêzere, onde é feita parte da captação de água, por exemplo, para a cidade de Lisboa.