Presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF) considera "fundamental" que haja um acordo entre as farmácias e o Estado.
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A Associação Nacional de Farmácias (ANF) apresentou na Assembleia da República a petição "Salvar as Farmácias", que já conta com 120 mil assinaturas e que tem como principal objetivo que sejam tomadas medidas para garantir a coesão do serviço em todo o território.
O número de farmácias em Portugal é considerado positivo, mas há 680 que "vivem em grandes dificuldades", segundo avança Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF, à TSF. O setor acredita ainda que existe falta de homogeneidade, tendo em conta que o litoral tem mais farmácias e o interior fica muitas vezes isolado.
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De acordo com o Jornal de Notícias, em seis anos Portugal perdeu 150 farmácias, a maioria no interior do país e, após a crise, abriram 200 estabelecimentos, mas no litoral, o que veio agravar a situação. Portalegre, Santarém e Guarda são as cidades que lideram as perdas.
O presidente da ANF acredita que, se esta situação se agravar, as pessoas do interior "vão ficar ainda mais isoladas e não apenas na sua situação de interioridade, mas também na saúde", já que "as farmácias acabam por cumprir uma parte da relação que as pessoas têm com o SNS".
Paulo Cleto Duarte revela, em declarações à TSF, que o setor quer um novo acordo com o Estado para que algumas farmácias sejam tratadas de forma diferente e garante ter o apoio de "todas as entidades do setor da saúde".
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O responsável recorda que "neste momento não vigora nenhuma relação formal entre o Estado e a rede das farmácias", realçando que "é fundamental que o Estado defina e dê à rede de farmácias uma visão do que pretende".