As autoridades de saúde norte-americanas concluíram que, nas mulheres grávidas, a infeção pelo vírus Zika pode resultar em casos de microcefalia e outros problemas cerebrais graves nos bebés.
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"É agora claro" diz o CDC, a agência americana para o controlo de doenças, "que o vírus Zika causa microcefalia". Tom Frieden, diretor da organização garantiu mesmo que "não há qualquer dúvida".
Numa teleconferência com jornalistas Friden disse ainda que "nunca antes na História, uma picada de um mosquito tinha sido vista como a causa de defeitos de nascença".
Há já vários meses que as autoridades de saúde de todo o mundo têm pedido às mulheres grávidas para não viajarem para os países afetados pelo Zika. No caso dos casais que estão a pensar em ter filhos tem sido pedido o mesmo, caso um dos membros do casal tenha estado num país onde é grande a incidência de mosquitos portadores do vírus.
Há meses que são públicas as suspeitas de que o Zika poderia causar problemas às crianças ainda por nascer. Têm também sido publicados estudos que apontam nesse sentido.
Tanto as autoridades norte-americanas, como outras por todo o mundo têm dito que se amontoam as provas científicas que demonstram que o vírus transmitido pela picada de um mosquito é a causa provável para o aumento alarmante de microcefalias em áreas atingidas pelo Zika no Brasil. No entanto, até agora, nenhuma autoridade de saúde tinha garantido de forma inequívoca a relação entre o Zika nas grávidas e a microcefalia nos seus filhos.
Uma ligação direta que o CDC vem agora garantir que é "clara".