Foi um ano judicial sem "chumbos" para os juízes avaliados. O Conselho Superior de Magistratura efetuou mais de 360 inspeções e a larga maioria recebeu uma nota alta. No relatório aponta-se ainda, como problemas a falta de pessoal, e equipamento assim como dificuldades no Citius.
Corpo do artigo
A avaliação feita pelo Conselho Superior de Magistratura foi feita entre setembro de 2014 e agosto de 2015. Num universo de 362, mais de 300 juízes tiveram uma nota altamente positiva (Muito Bom, Bom com distinção e Bom) e apenas 20 receberam Suficiente na avaliação do CSM que não atribuiu qualquer nota negativa.
Segundo o Relatório anual de atividades do Conselho Superior de Magistratura, divulgado esta terça-feira, a proporção de juízes que recebeu nota máxima é semelhante à registada nos últimos dois anos, enquanto as notas Bom e Suficiente registaram uma ligeira subida.
O Relatório conclui também que o principal fator para a demora na tramitação dos processos é a falta de pessoal, nomeadamente, oficiais de justiça. O Citius e os sistemas informáticos utilizados também se debatem com problemas que provocam interrupções e atrasos nos processos. O documento regista a falta de equipamento diverso nos tribunais, desde mobiliário, a impressoras e fotocopiadoras.
O número de salas de audiência é considerado insuficiente em boa parte dos tribunais e nos grandes tribunais a gestão do espaço debate-se com problemas que se refletem na produtividade dos juízes.
O Relatório do Conselho Superior de Magistratura conclui também que a segurança de pessoas e bens é insuficiente ma generalidade dos tribunais.