A decisão foi anunciada em comunicado esta segunda-feira à noite, depois de ter sido detetado mais um doente. A Direção Geral de Saúde identificou 30 casos de legionela. Duas pessoas morreram.
Corpo do artigo
O ministério da Saúde decidiu avançar com uma avaliação do risco de legionela em todo o Serviço Nacional de Saúde. Depois dos casos no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, o ministério ordenou um levantamento das condições estruturais e processuais das vários unidades prestadoras de cuidados de saúde em todo o país.
A medida foi anunciada em comunicado esta segunda-feira à noite e inclui hospitais, mas também agrupamentos de centros de saúde e unidades locais de saúde para despiste de eventuais problemas e gestão do risco.
Em Lisboa, durante os próximos dias vão manter-se vistorias técnicas às estruturas e aos equipamentos potencialmente associados a fontes de transmissão da doença dos legionários.
No comunicado, assinado pela Diretora Geral de Saúde e pelo Presidente do Instituto Ricardo Jorge, é ainda anunciado que está a ser desenvolvido um programa de intervenção operacional de auditoria técnica de apoio a todas as unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde.
Para aumentar a fiscalização da qualidade do ar, o Bloco de Esquerda recupera esta terça-feira dois projetos-lei que já tinha apresentado há mais de 10 anos, em 2006.
Os jornais Público e Diário de Notícias adiantam que a ideia é retomar as vistorias periódicas à qualidade do ar interior em edifícios como hospitais, escolas e centros comerciais. A medida deixou de ser obrigatória em 2013. O governo na altura, do PSD/CDS, alegou contenção de custos para deixar cair a medida.
O Bloco entende que existe um vazio legal e por isso, apresenta as duas propostas: uma para impor as vistorias periódicas na qualidade do ar interior e outra para fiscalizar a qualidade do ar no exterior, nos grandes edifícios de serviços e indústria.