A Administração Regional de Saúde fez o levantamento dos equipamentos que podem ter levado à transmissão da bactéria.
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As autoridades identificaram nas redondezas do Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, onde houve um surto de 'legionella', pelo menos sete equipamentos potencialmente produtores de aerossóis e onde poderá também ter começado o surto.
Segundo o presidente dos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), a maior probabilidade é que o surto tenha origem nas instalações do hospital, mas, por precaução, a Administração Regional de Saúde (ARS) e o delegado de saúde fizeram o levantamento dos equipamentos potencialmente geradoras de aerossóis para fazer análises.
Em declarações à Lusa, Paulo Correia de Sousa afirmou que a atividade dos SUCH se circunscreveu às instalações do Hospital S. Francisco Xavier, mas que deram "um contributo para ajudar a identificar quais os equipamentos que eram potencialmente produtores de aerossóis", os únicos que podem levar à transmissão da bactéria.
Este surto de 'legionella', que, desde o fim de outubro, infetou 34 pessoas e já provocou a morte a duas delas.
"Os doentes são, na sua maioria, idosos com fatores de risco associados, nomeadamente doenças crónicas graves e hábitos tabágicos", indica o comunicado assinado pela diretora da DGS, Graça Freitas, e pelo presidente do INSA Ricardo Jorge, Fernando Almeida.
A 'legionella' é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma pneumonia grave. A infeção transmite-se por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada.