Durante cinco semanas, a TSF explica os benefícios de cinco dietas para um verão (e uma vida) mais saudável. Esta é a semana da dieta macrobiótica.
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A sabedoria popular diz que "somos o que comemos", mas a filosofia macrobiótica vai além disso. É um estilo de vida holístico que acredita que tudo o que comemos conta, mas também "tudo o que pensamos, tudo o que fazemos e como agimos", garante a diretora do Instituto Macrobiótico de Portugal (IMP).
Com uma vida dedicada a ajudar os outros a terem uma vida mais saudável, Geninha Varatojo é uma das principais professoras de cozinha macrobiótica em Portugal e defende que a melhor forma de garantir o equilíbrio do organismo é "alimentarmo-nos o menos processado possível, com produtos sazonais, da época, biológicos".
Abra o armário da cozinha e elimine todas as embalagens de papel
O primeiro passo para iniciar uma dieta macrobiótica, garante Geninha Varatojo, é substituir todos os alimentos processados por opções mais saudáveis: "Abra os armários e conte as caixas de papel que tem. Comece a substituir os alimentos que tem em casa para cozinhar. Abra o frigorífico e veja "tenho aqui ketchup ou coisas que não são boas" e substitua."
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Mas o que entra nas prateleiras e no frigorífico quando os processados vão para o lixo? Geninha Varatojo é perentória: "Cereais, leguminosas, sementes e vegetais da época", mas também produtos menos conhecidos da gastronomia tradicional portuguesa como "o miso e as algas".
Que os cereais devem ser consumidos na sua forma integral não é novidade, mas a diretora do IMP sublinha que a variedade também é importante.
"Não precisamos de comer todos os dias arroz integral. Podemos comer millet, quinoa, cevada, milho fresco, aveia. E às vezes fazemos combinações de cereais, por exemplo, cozinhar arroz com cevada. A cevada é boa para eliminar a gordura animal do corpo e faz bem ao fígado. A quinoa é rica em proteína."
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Quanto aos alimentos mais invulgares na tradição portuguesa, Geninha Varatojo elege o miso - uma pasta fermentada à base de soja e cereais com sal usada, por exemplo, em sopas - como um dos mais importantes.
"O miso é um produto fermentado, é muito proteico e muito rico em enzimas. É um alimento vivo e é extremamente benéfico para fortalecer intestinos e para eliminar toxinas. Pode comer-se miso em qualquer sítio do planeta."
Os alimentos de origem vegetal ganham particular destaque neste regime alimentar, mas os macrobióticos comem também algum peixe esporadicamente.
*Veja no vídeo acima os sete conselhos de Geninha Varatojo para seguir uma dieta macrobiótica
Leveza de corpo e de espírito
Um dos maiores benefícios deste padrão alimentar é, segundo a autora, um maior controle das emoções: "Uma pessoa fica mais calma, mais tranquila, fica menos ansiosa. Não vive com tantos medos e tantos picos emocionais."
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Na opinião de Geninha Varatojo, os motivos para a diminuição da irritabilidade nas pessoas macrobióticas é a diminuição do consumo de açúcares, uma alteração no estilo de vida que ajuda o sistema imunitário a ficar mais forte.
"Só por esse facto fica-se mais tranquilo, o sistema imunitário fica mais resistente a tudo o que seja vírus e viroses e bactérias e emocionalmente ficamos muito mais estáveis."
Geninha Varatojo deixa-lhe uma sugestão de um lanche saudável para estas férias. Veja a receita no vídeo.
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