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O ayuntamiento da capital espanhola decidiu desativar o protocolo acionado no passado domingo para fazer face aos elevados níveis de poluição. Associação Zero lamenta que Lisboa não tenha plano.
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Os alarmes soaram por causa da elevada concentração de óxidos de nitrogénio. De imediato foi acionado o protocolo municipal. A primeira medida adotada passou pela restrição no acesso de automóveis ao centro da cidade. Não chegou.
Na segunda-feira as medidas preventivas foram reforçadas com a imposição de limites de velocidade numa das principais vias rápidas de Madrid e, mesmo assim, chegou a ser equacionado condicionar o acesso de veículos à capital espanhola em função da matrícula. Não foi necessário. Os níveis de poluição baixaram e as autoridades decidiram desativar o plano de contingência.
E em Portugal?
Segundo Francisco Ferreira, presidente da Associação Zero, o fenómeno de poluição registado na capital espanhola também ocorreu em Lisboa ainda que numa dimensão menor. Diz o ambientalista que "entre 27 de outubro e a passada segunda-feira", o calor levou "ao agravamento da poluição em algumas zonas". Francisco Ferreira sublinha que "mesmo no fim de semana" registou-se, em Lisboa, "uma excedência do valor limite horário do dióxido de azoto".
Ao contrário do que aconteceu em Madrid, por cá não foram impostas quaisquer medidas já que a câmara de Lisboa não tem qualquer plano de contingência, sublinha o presidente da Associação Zero. "Infelizmente não existe mas deveria existir".
A associação ambientalista revela que têm sido desenvolvidos contactos, não só com a câmara de Lisboa mas também com a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, para a elaboração de um plano de prevenção.