
Nuno Pinto Fernandes/Global Imagens
O ex-ministro da Cultura foi absolvido num processo em que era acusado de violência doméstica e condenado a um dos 22 crimes de difamação cometidos contra a sua ex-mulher Bárbara Guimarães.
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A juíza que Bárbara Guimarães queria, no início do ano passado, afastar do processo, por suspeitar de parcialidade, considerou que a apresentadora é uma mulher destemida e dona da sua vontade e que por isso não é plausível que tenha ficado com o marido depois das agressões.
A juíza lembrou ainda que Barbara Guimarães devia ter ido ao Instituto de Medicina Legal para registar as agressões, não acreditando na apresentadora que alegou medo e vergonha para justificar o facto de não ter feito queixa do marido mais cedo.
"Perante a realidade trazida ao tribunal, prova pericial inconclusiva e perante uma prova testemunhal abundante, mas que não foi capaz de sustentar a acusação, não resulta da matéria de facto provada que o arguido tem cometido o crime de violência doméstica", pelo que o tribunal o absolve, decidiu a juíza Joana Ferrer.
Por um crime de difamação, a juíza condenou Manuel Maria Carrilho a 150 dias de multa, num total de 900 euros, e ainda ao pagamento de uma indemnização de três mil euros por danos não patrimoniais à apresentadora de televisão.
À saída do tribunal, Carrilho entendeu que com esta decisão tinha terminado "um calvário de quatro anos" e manifestou-se "muito feliz" com a absolvição, acrescentando que, de momento, a única coisa que lhe apetecia era ir ter com os filhos.
O antigo ministro prometeu que falará com os jornalistas mais tarde sobre este processo, quando estiver mais tranquilo. O seu advogado de defesa, Paulo Sá e Cunha afirmou que esta acusação nunca deveria ter existido e que com a absolvição se fez justiça.
Bárbara Guimarães já anunciou que var recorrer da sentença.