
Marcelo Rebelo de Sousa
©António Contrim/Lusa
Presidente da República confirma "conjunto de investigações" no Museu da Presidência e garante "total colaboração" na investigação. "Justiça é igual para todos", avisa o chefe de Estado.
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O Presidente da República confirmou, esta manhã, um "conjunto de investigações" a um funcionário do Museu da Presidência, por "factos antigos", sublinhando que já deu instruções para "total colaboração na investigação em curso".
"Deve estar sujeito, como todos nós, a investigação da justiça", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que acrescentou que o funcionário é "muito conceituado, condecorado pelos seus antecessores" - tendo sido, em fevereiro deste ano, condecorado por Cavaco Silva com o grau de Cavaleiro da Ordem de Santiago - e que "deve ser presumido inocente", mas que " justiça é igual para todos".
O chefe de Estado vincou ainda que a investigação é uma "realidade separada" de iniciativas tomadas no mandato do atual presidente da República: "São realidades complementares, mas separadas, uma vez que começaram bem antes do mandato presidencial que me respeita".
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ainda que "é muito importante" para os portugueses que "todas as instituições sejam exemplares" e que, tratando-se, ou não, de uma situação que teve lugar no passado, deve ser investigada.
"Embora [o funcionário] não tendo sido uma escolha minha, eu espero que possa provar a inocência, mas o que é fato é que os portugueses esperam que, na presidência da República tal como em todas as instituições, a justiça se aplique sem discriminação", acrescentou o chefe de Estado, à entrada para a cerimónia de entrega do Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa 2015, na Assembleia da República.
E concluiu: "Não há justiça de primeira nem de segunda, o que tem de ser aplicado é aplicado".
Contactada pela TSF, a Presidência da República já tinha informado estar ao corrente da situação e confirmado as buscas no Museu da Presidência.