Marinha admite que perda de material foi "estranha", mas nega relação com Tancos
Uma caixa com munições, que estava a ser transportada para a Escola de Fuzileiros do Barreiro, terá caído e foi encontrada na estrada por um civil. Marinha garante que tomou medidas para que situação não volte a repetir-se.
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A Marinha nega qualquer relação entre a recente perda de material naval e o furto de Tancos. Em entrevista à TSF, o porta-voz da Marinha, Fernando Pereira Fonseca, admitiu, no entanto, que o acontecimento foi "estranho".
Uma caixa com mil munições, vindas da última missão dos fuzileiros na Lituânia, terá caído enquanto era transportada para a Escola de Fuzileiros , no Barreiro, distrito de Setúbal. Segundo a Marinha, "a equipa de transporte não se apercebeu da queda da caixa", que acabou por ser recolhida por um condutor civil, que a encontrou na estrada, e foi entregue à PSP de Setúbal.
"É estranho o facto de a caixa ter caído", declarou o comandante Fernando Pereira Fonseca. "Este material foi transportado em contentores por via marítima; já na base naval de Lisboa, foi descarregado, os contentores estavam selados e vêm paletes que foram colocadas nesse transporte. São paletes que estão fitadas, precisamente para evitar qualquer deslocamento das caixas", adiantou à TSF.
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Por este motivo, confirma o porta-voz Marinha, já foi aberta uma investigação. "A Marinha decidiu abrir, com caráter de urgência, um processo de averiguações para perceber qual foi a razão dessa caixa se ter soltado e ter caído na estrada", reforçou.
Questionado pela TSF sobre o facto de as munições agora perdidas serem precisamente do mesmo calibre daquelas que desapareceram em Tancos, o comandante Fernando Pereira Fonseca responde que os dois casos não estão ligados. "Não há qualquer relação entre o que passou em Tancos, que foi um furto, com este incidente", garantiu.
O porta-voz da Marinha adiantou ainda que já foram tomadas medidas "para que uma situação destas nunca mais se volte a repetir".