A advogada do comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande acredita que a justiça vai funcionar mas lamenta que a acusação do ministério publico revele a "judicionalização" do processo.
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Magda Rodrigues, advogada do comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, um dos acusados pelo DIAP de Leiria, não tem "dúvidas nenhumas em afirmar que foram cumpridas todas as regras, legais e regulamentares".
A defesa de Augusto Arnaut destaca "o sacrifício pessoal do comandante, o empenho absoluto em todo e qualquer momento" e lamenta que este processo se tenha jurisdicionalizado, de alguma maneira".
De acordo com o Ministério Publico, Augusto Arnaut não terá pedido à Autoridade Municipal de Proteção Civil para tomar as
medidas de evacuação, durante o incêndio, e não terá pedido reforço de meios.
Magda Rodrigues avisa que há detalhes no processo que merecem ser discutidos lembrando que "basta olhar para os acontecimentos, quer em Portugal, quer na Grécia, quer na Califórnia, para se perceber que os meandros desta acusação são muito mais do que mera investigação de um crime".
Apesar de admitir que Augusto Arnaut já estava à espera deste desfecho está certa "de que se fará justiça e de que os tribunais vão fazer o que se impõe".
A defesa admite que "este é um momento de alguma fragilidade" para o Comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande e que "ele está ainda a digerir tudo isto que se está a passar".
"Estamos a falar de uma pessoa que é bombeiro desde que se conhece como gente, que sempre deu tudo pela causa e pelos outros" e por isso compreende-se "a mágoa que sente", afirma.
Em declarações à TSF o advogado de Mário Cerol, o segundo comandante distrital de operações de socorro de Leiria, diz apenas que ainda não leu as mais de duzentas páginas da acusação. José Acácio Barbosa promete tomar em breve uma posição sobre o processo.
Só ontem ao final do dia é que a defesa dos acusados foi notificada pelo ministério publico, via email.