Os farmacêuticos vão estar em greve a 18 e 19 de junho, pelo estatuto da carreira profissional. O bastonário da Ordem dos Médicos diz que a situação dos profissionais" é inadmissível".
Corpo do artigo
A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, e o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, estiveram reunidos esta terça-feira para analisar o impacto da atividade farmacêutica no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em declarações à TSF, Miguel Guimarães afirma que as carreiras profissionais "são a essência do Serviço Nacional de Saúde" e o "primeiro passo" para a qualidade do sistema. O bastonário da Ordem dos Médicos considera, por isso, que não se admite que o Ministério da Saúde volte atrás com a palavra, depois de já ter negociado o acordo.
TSF\audio\2017\07\noticias\04\miguel_guimaraes_apoio_dos_medicos
As negociações entre o governo e os farmacêuticos tinham ficado concluídas em março. Dos encontros, resultou a proposta de um diploma para implementar a carreira dos farmacêuticos na administração pública, sem impacto orçamental. Mas na semana passada, o governo voltou atrás com a decisão, alegando uma alteração da posição do Ministério das Finanças.
O Sindicato dos Farmacêuticos decidiu, por isso, convocar uma greve para os dias 18 e 19 de julho e para 1 de agosto, por tempo indeterminado. Trata-se da primeira greve do setor em 20 anos.
À TSF, a bastonária da Ordem dos Médicos explica os impactos que a paralisação pode ter. Em causa está, por exemplo, a preparação e distribuição dos medicamentos para o tratamento de doenças oncológicas e infecciosas.
TSF\audio\2017\07\noticias\04\ana_paula_martins_impacto_greve
A Ordem dos Farmacêuticos apela ao governo que reconsidere a reversão da proposta do diploma.
Perto de 1200 farmacêuticos trabalham atualmente no Serviço Nacional de Saúde.