Miguel Macedo interrogado como arguido no caso dos vistos gold. Interrogatório interrompido
O ex-ministro foi ouvido esta terça-feira no Departamento Central de Investigação e Ação Penal. O interrogatório foi interrompido ao início da noite, sendo retomado em data a determinar.
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou, esta terça-feira, a audição de Miguel Macedo, "na qualidade de arguido", "no âmbito do inquérito onde são investigadas, entre outras, matérias relacionadas com a atribuição de vistos gold".
Num comunicado enviado à comunicação social, ao início da noite, a PGR adianta que o interrogatório foi interrompido e será retomado "em data a designar".
Miguel Macedo saiu às 21:03 das instalações do Ministério Público na rua Vale do Pereiro, em Lisboa. O inquérito está a ser conduzido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal.
Miguel Macedo é suspeito de três crimes de prevaricação de titular de cargo político e um de tráfico de influências no processo dos vistos gold.
Há dois meses o antigo ministro viu levantada a imunidade parlamentar a pedido do Ministério Público.
A Operação Labirinto, que envolveu buscas e 11 detenções, a 18 de novembro de 2014, está relacionada com a aquisição de vistos 'gold' e investiga indícios de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência.
O caso envolve o antigo diretor do Instituto dos Registos e Notariado António Figueiredo, a ex-secretária-geral do Ministério da Justiça Maria Antónia Anes, o ex-diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) Jarmela Palos, Jaime Gomes, sócio-gerente da empresa JMF Projects and Business, os funcionários do IRN Paulo Eliseu, Paulo Vieira, José Manuel Gonçalves e Abílio Silva, entre outros.
Notícia atualizada às 21:59 com informação sobre o fim do interrogatório ao antigo ministro