Greve dos professores é "ilegítima". Ministério vai marcar faltas injustificadas
Ministério da Educação considera que materiais e requisitos formais exigidos para a declaração da greve dos professores não estão reunidos.
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O Ministério da Educação considera "ilegítima" a greve de professores que começa na segunda-feira, por "não estarem reunidos os requisitos formais e materiais legalmente exigidos para a decretação", segundo um documento a que a Lusa teve acesso.
"Com referência ao aviso prévio de greve emitido no dia 8 de outubro de 2018 pela frente sindical [...] para o período das zero horas de 15 de outubro às vinte e quatro horas de 31 de dezembro de 2018, a "toda a atividade identificada no presente pré-aviso", cumpre informar que o Ministério da Educação entende não estarem reunidos os requisitos formais e materiais legalmente exigidos para a decretação da greve, pelo que considera que a greve está decretada de forma ilegítima, posição em que é secundado pelo Centro de Competências Jurídicas do Estado, JurisAPP", lê-se no documento, que foi enviado pelo Ministério aos sindicatos.
A nota emitida pelo Ministério da Educação, com data desta sexta-feira, informa que, com base no entendimento jurídico defendido pelo Ministério da Educação, "considerar-se-ão como faltas injustificadas eventuais ausências de trabalhador", acrescentando ainda que a informação "será levada ao conhecimento de todas as entidades a quem foi dirigido o aviso prévio, bem como divulgada junto dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas".
Os sindicatos de professores anunciaram no passado dia 5 uma greve a todas as reuniões de caráter não letivo, que poderá afetar as avaliações do primeiro período. O protesto tem início marcado para o dia 15 de outubro, terminando a 31 de dezembro.
A TSF procura ouvir a Fenprof e a Federação Nacional de Educação, mas sem sucesso até agora.