Fernando Leal da Costa assegura que os hospitais estão preparados para responder ao impacto do frio e das doenças a ele associadas. Sindicato dos Enfermeiros e Ordem dos Médicos são mais cautelosos.
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O novo ministro da saúde esteve hoje reunido com as administrações regionais de Saúde para discutir o plano de contingência para o frio, tendo ainda visitado o hospital Amadora-Sintra, que, no natal passado, chegou a registar mais de 20 horas de espera nas urgências.
Em declarações à agência Lusa, no final da visita à unidade, o governante disse que "estivemos a fazer uma revisão da planificação para o inverno 2015/2016, que todos desejamos que corra melhor do que correu o de 2014/2015. Estamos preparados para as contingências, mas sabemos que serão sempre tempos mais difíceis e por isso nos preparamos com antecedência".
O ministro sublinhou o "número muito elevado" de contratações de médicos e enfermeiros, ao longo deste ano, quer para o quadro dos hospitais, quer autorizando prestações de serviço necessárias.
Sobre estes médicos tarefeiros, cujas faltas ao trabalho chegaram a estar na origem de longas esperas nas urgências no inverno passado, Leal da Costa anunciou que, a partir deste mês, haverá uma "nova tipologia de acordo" que será "muito mais rigorosa" na contratualização destes profissionais prestadores de serviço.
Contactada pela TSF, Guadalupe Simões , do Sindicato dos Enfermeiros, é muito cautelosa. A dirigente diz que é muito provável que as contas do ministro não se confirmem.
O bastonário da Ordem dos Médicos também tem reservas. José Manuel Silva diz que tudo dependerá de o ministério seguir à risca o plano de contingência nomeadamente garantindo um reforço de profissionais.