João Pedro Matos Fernandes deixou críticas a quem prefere "encontrar um culpado e flagelá-lo", em vez de procurar resolver o problema da poluição no Tejo.
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O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, defendeu, esta sexta-feira, que a prioridade é resolver o problema da poluição no rio Tejo e não apontar culpados.
O Bloco de Esquerda sugeriu a demissão do presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), caso se confirme que o organismo tem responsabilidades na emissão da licença que permitiu à Celtejo triplicar as descargas de efluentes no Tejo. Mas o ministro do Ambiente respondeu que, quando existe um problema, a prioridade é resolvê-lo.
João Pedro Matos Fernandes deixou críticas a quem tem "outros métodos de gestão" e prefere "encontrar um culpado e flagelá-lo". "Não há nenhuma rocha Tarpeia no meu ministério", declarou o ministro do Ambiente.
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Apesar de tudo, o ministro admitiu que a licença emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente à Celtejo, em 2016, foi "um mau sinal", ainda que as descargas de matéria orgânica para o rio Tejo tenham diminuído.
"A carga orgânica, em 2013, que chegava ao Tejo ali, no caso da Celtejo, ultrapassava as mil toneladas, a cada ano. Chegou ao final de 2016 abaixo das 400 toneladas", referiu Matos Fernandes. "Sendo, em minha opinião, a licença da APA um mau sinal, é uma hipocrisia fazer qualquer relação a existência de mais carga orgânica e a variação da licença", defendeu.
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