Adalberto Campos Fernandes diz que o absentismo chega a ultrapassar os "15%". Sobre 35 horas, garante que novos contratos serão "sem termo".
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"Num hospital que tenha 2.000 enfermeiros, 15% são 300. Faz toda a diferença", exemplifica o ministro da Saúde para justificar o trabalho conjunto "com o ministério das Finanças" para "encontrar mecanismos que façam com que este absentismo possa ser reduzido".
Na comissão de Saúde, Adalberto Campos Fernandes explicou que não se trata de faltas "relacionadas com doença ou maternidade" e que espera ter uma solução ainda antes da discussão do Orçamento de Estado para 2019.
Os deputados confrontaram o ministro com as situações de "esgotamento" dos profissionais de saúde.
Sobre a aplicação das 35 horas de trabalho semanal à área da Saúde, o ministro garantiu que quem for contratado, numa primeira fase, já em curso, terá contrato sem termo porque "corresponde a necessidades permanentes" dos serviços.
Adalberto Campos Fernandes admite, no entanto, que não será possível, este ano, contratar o número desejável de profissionais. "Provavelmente não haverá condições orçamentais para recrutarmos este ano todo o universo de profissionais desejável", disse o ministro, remetendo para o outono, depois de uma avaliação, a eventual contratação adicional de trabalhadores.
O Governo já disse que, nesta primeira fase, devem ser contratados 2.000 profissionais, mas tanto a oposição como os partidos que sustentam a maioria, estimam que seriam necessários "pelo menos 5.000" trabalhadores.
Novo concurso para médicos até agosto
Nos próximos meses devem ser lançados os concursos para novos médicos, garantiu o ministro da Saúde depois de várias questões colocadas pelos deputados. Adalberto Campos Fernandes garante que o Interior será privilegiado.