Ministro quer melhores condições para "fazer investigação" científica em Portugal
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior apontou como prioridade melhorar a situação de "fazer investigação em Portugal", nomeadamente quanto ao estatuto do investigador, e apontou a qualificação como caminho para tornar o país mais competitivo.
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Em Guimarães, à margem da quarta edição do Fórum Anual de Graduados Portugueses no Estrangeiro (GraPE2015), Manuel Heitor afirmou que dar confiança a quem investiu no conhecimento é a "única solução" para que Portugal volte a ser um local atrativo para investigação e travar a "fuga de cérebros" do país.
"O estatuto dos investigadores é uma situação recorrente que depende do esforço de diferentes componentes. Obviamente está incluído no programa de Governo o esforço de melhorar sempre a situação de fazer a investigação em Portugal. É uma das nossas preocupações que requer um esforço gradual das instituições de adaptação a um cenário e a um contexto internacional bastante diferente daquele que havia quando o estatuto foi definido", disse.
Entre outros aspetos, apontou o governante, a alteração da condição de quem faz investigação "requer uma melhor integração entre o estatuto de investigador e o estatuto de docente do Ensino Superior" e isso, assegurou, "está claramente nas agendas" do Governo, mas "exige um debate parlamentar com vários atores, nomeadamente os sindicatos e as próprias instituições".
Confrontado com a chamada "fuga de cérebros" do país, Manuel Heitor apontou como "única solução dar confiança aos portugueses que investiram no conhecimento" para travar aquela fuga.
"A aposta no conhecimento é o nosso único compromisso com o futuro e por isso é estudando mais, formando mais, aprender mais que podemos contribuir não apenas para reverter essa solução mas que Portugal se transforme mais, como já foi, num local para atrair não apenas investigadores", referiu.
Para Manuel Heitor são precisas "políticas novas" para que Portugal volte a ser um "espaço de referência" na investigação.
"Estamos claramente a reforçar o quadro da formação avançada e do emprego científico e esperamos também poder contribuir significativamente para ajudar a modernizar o sistema politécnico que, juntamente com o sistema universitário, são críticos para melhor atrair o quadro de qualificação para Portugal", apontou.