
Rodrigo Antunes/Lusa
É este o primeiro de cinco dias de protesto marcado pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem e pelo Sindicato dos Enfermeiros.
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Continuam os protestos dos frente a vários hospitais do país. No Hospital de Santa Maria, só havia autorização legal para as manifestações até às 11, mas os enfermeiros não arredam. Já está agendada uma manifestação para sexta-feira na capital.
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O cenário é idêntico no Hospital de São João do Porto. Centenas de enfermeiros de toda a região Norte, vestidos de negro, reivindicam a atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira
No Porto, José Azevedo, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, fala de uma adesão que ronda os 85% a nível nacional, mas garante que a segurança dos doentes está salvaguardada.
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Também no Hospital de Faro muitas especialidades garantem apenas os serviços mínimos. Cerca de uma centena de profissionais protestaram junto à porta do Hospital de Faro, antes de darem uma volta ao perímetro do edifício, numa manifestação que por momentos entupiu o trânsito.
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A adesão à greve foi significativa frente ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e o mesmo se passou nas ilhas. Nos Açores, no hospital e centro saúde de Ponta Delgada, e na Madeira, no hospital do Funchal e no centro de saúde de Câmara de Lobos, o primeiro dia de greve dos enfermeiros fica marcado por muitas consultas e tratamentos adiados.
Já em Portimão e Portalegre, apesar de algumas cirurgias adiadas e áreas a funcionar a "meio gás", os efeitos da greve eram pouco visíveis esta manhã.
A paralisação foi marcada pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem e pelo Sindicato dos Enfermeiros, que ameaça processar judicialmente todos os hospitais que marquem falta injustificada aos profissionais de saúde em greve. Isto porque a Secretaria de Estado do Emprego considerou a marcação da greve irregular.
Os enfermeiros reivindicam a introdução da categoria de especialista na carreira de enfermagem, com respetivo aumento salarial, bem como a aplicação do regime das 35 horas de trabalho para todos os enfermeiros.