Deputados do CDS-PP estiveram reunidos com a administração do Hospital de S. João e, no final, lamentaram que o motivo para que as obras no hospital não avancem seja a falta de "uma assinatura".
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De visita ao serviço de pediatria do Hospital de S. João, o CDS-PP lamentou que o lançamento da obra, que vai permitir que as crianças deixem de ser tratadas em contentores, esteja dependente de uma assinatura do Ministério das Finanças.
"Não há falta de dinheiro, há falta de uma assinatura", palavras da deputada Cecília Meireles. A dirigente do CDS-PP diz ter recebido a garantia, por parte da administração do Hospital de S. João, de que falta apenas a assinatura do Ministério das Finanças para desbloquear o processo, que se arrasta desde 2011 e que implica um orçamento global de 23 milhões de euros para a construção da nova unidade pediátrica.
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"Percebemos hoje que parte da verba, 19 milhões de euros, já está na disponibilidade do Hospital de S. João, mas falta a assinatura que autorize a abertura de um novo concurso público internacional. Esta obra vai demorar anos a estar concluída", disse Cecília Meireles.
Em março de 2015, o Governo da coligação PDS/CDS-PP esteve no Hospital de São João a anunciar o lançamento da obra, pelo que Cecília Meireles reconhece responsabilidade neste processo. "Todos os governos que conheciam a situação terão responsabilidades. O importante é resolver o problema. Este governo anunciou em 2017 que a obra estaria no terreno e isso não aconteceu. Apesar de ter sido dito que havia grande parte da verba, falta apenas uma assinatura".
O CDS-PP acusa o governo de má gestão e exige que o investimento público regresse aos níveis pré-troika. O presidente do Centro Hospitalar de São João não prestou declarações, mas fonte da direção afirmou que, assim que haja verba, não há qualquer impedimento para o avançar imediato da obra.
A pediatria do Centro Hospitalar de São João funciona desde 2011 em contentores. A 1 de junho de 2017 a administração da unidade assinou um memorando de entendimento com o Ministério da Saúde que previa, no prazo de três anos, a construção do Centro Pediátrico Integrado, que deveria estar concluído em 2020.
Soube-se esta quinta-feira que o início da obra vai implicar a abertura de um novo concurso público internacional