
Miguel A. Lopes/Lusa
Em Lisboa, na 'Venture Summit', um evento paralelo à cimeira tecnológica, o primeiro-ministro defendeu que Portugal é "ótimo para investir", sublinhado a estabilidade política e económica do país.
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Numa sala repleta de investidores, e a poucas horas do início da 'Web Summit' - aquela que é a maior cimeira de empreendedorismo e tecnologia de todo o mundo - António Costa começou por sublinhar alguns dos números que têm contribuído para o crescimento da economia, como o "aumento de 84%" do turismo desde o ano de 2007 ou o crescimento do investimento direto estrangeiro "ao ritmo de dois dígitos".
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O primeiro-ministro mostra-se satisfeito e diz que o pais está a seguir um caminho de sustentabilidade: "Este crescimento não é conjuntural, é estrutural e sustentável. Porque é que Portugal um excelente lugar para investir? Obviamente, a primeira razão é porque sou primeiro-ministro e a minha função é promover Portugal", disse, entre risos, o líder do Executivo.
E, chamando à atenção para as qualidades do país como destino de investimento estrangeiro, António Costa defende que Portugal é uma "ponte" para os quatro cantos do mundo e um território de segurança e estabilidade. "Nós temos segurança e estabilidade, não apenas na vida política, mas também na politica económica e fiscal", afirmou.
Depois, numa intervenção durante a 'Venture Summit', no Convento do Beato, em Lisboa, adiantou que, para melhor preparar o país para receber investimento, também houve trabalho feito ao nível da burocracia - e que essa é outra das razões para que os investidores se aproximem do país.
"Portugal é um ótimo lugar para investir. A burocracia é cada vez mais reduzida. Existe segurança e existe estabilidade política e económica. O ecossistema está a prosperar e o Estado apoia os investidores, nomeadamente através do fundo 200 milhões", disse, referindo-se ao montante apresentado na edição do ano passado, que significa um programa de coinvestimento que, diz António Costa, já serviu para que empresários estrangeiros investissem entre 500 mil a 5 milhões de euros em projetos portugueses.
Nesse sentido, o primeiro-ministro deixa uma mensagem aos investidores: "O que dizemos no turismo é ainda mais mais verdade para os vossos investimentos: não podem passar ao lado de Portugal".
Antes, no mesmo espaço, falou Paddy Cosgrave, o CEO da 'Web Summit', que considerou que a edição do ano passado foi "fantástica", agradecendo o "grande apoio da cidade de Lisboa, de Portugal e, em particular, do primeiro-ministro", António Costa que, salienta Paddy Cosgrave, esteve "ativamente envolvido" na criação da cimeira tecnológica que decorre na capital portuguesa.
A partir desta segunda-feira, e durante quatro dias, Lisboa recebe a 'Web Summit', com milhares investidores dispostos a arriscar nos melhores projetos. No ano passado, estiveram na capital portuguesa 53 mil pessoas vindas de 166 países, e ainda um total de 15 mil empresas, 7 mil presidentes executivos, 700 investidores de topo e 2 mil jornalistas internacionais.