Fenprof foi recebida por Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém.
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Os professores não estão satisfeitos com a recuperação de dois anos, nove meses e 18 dias do tempo em que as carreiras estiveram congeladas, aprovada na última quinta-feira em Conselho de Ministros .
"Aquilo que ali está é zero e foi o que dissemos ao senhor Presidente da República", afirmou Mário Nogueira em declarações aos jornalistas após o encontro com Marcelo Rebelo de Sousa no Palácio de Belém, em Lisboa. "É uma recuperação zero."
De crachá ao peito onde se lê "9A 4M 2D", a mensagem reiterada pelo presidente da Fenprof é clara: os professores não abrem mão da contagem integral do tempo de serviço para efeitos de progressão de carreira: nove anos, quatro meses e dois dias de serviço.
"Esse tempo é dos professores e ninguém mete a mão ao tempo dos professores", diz Mário Nogueira.
O presidente da Fenprof apelou ainda ao regresso à mesa das negociações. Nesse sentido, foi já convocada uma reunião com caráter de urgência aos grupos parlamentares.
"Pareceu-nos que o senhor presidente da República ficou sensibilizado com os nossos argumentos, o que não quer dizer que venha a tomar uma decisão ou outra."
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Novas greves à vista
As organizações sindicais de professores entregaram esta segunda-feira um pré-aviso de greve para o período de 15 de outubro a 31 de dezembro.
"Os professores e educadores, enquanto não for garantida a contabilização de todo o tempo de serviço que cumpriram e regularizados os seus horários de trabalho, irão limitar-se a cumprir escrupulosamente o horário de 35 horas a que estão obrigados, o que significa que a lei, no que concerne à sua organização interna, terá de ser escrupulosamente respeitada", escreve a Fenprof no pré-aviso de greve, já anunciada, entregue ao Governo esta segunda-feira.