O número de órgãos colhidos para transplante em 2016 (doações em vida e recolha post mortem) diminuiu, mas é o mais alto de sempre entre os dadores falecidos.
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Os hospitais portugueses colheram 945 órgãos em 2016, no conjunto de doações em vida recolhas post mortem, uma diminuição em relação a 2015.
No entanto, o número de colheitas post mortem registou o número mais elevado de sempre: 936 órgãos colhidos para transplantação, mais 4,5% do que em 2015.
A conclusão é divulgada esta segunda-feira pelo Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) e mostra que no último ano foi possível fazer, com estes órgãos, 864 transplantes, mais 5% (ou 40) que em 2015.
Foi também registado o maior número de sempre de transplantes hepáticos e pulmonares, além de uma subida na transplantação renal, embora tenha havido menos fígados, rins, pâncreas e corações colhidos em 2016.
Em paralelo, a taxa de utilização dos órgãos colhidos subiu para 84% contra os 79% de 2015.
Na reação aos dados da doação e transplantação de órgãos referente a 2016, a Coordenadora Nacional da Transplantação, sublinha que no ano passado realizou-se o maior número de transplantes dos últimos cinco anos, facto que coincide com uma redução da listas de espera.
Ouvida pela TSF, Ana França espera que a tendência se mantenha nos próximos anos. Para o cumprimento deste objetivo, a coordenadora nacional de transplantação, defende que é preciso encontrar novas formas de organização dos locais de colheita.
Ana França acrescenta existe que disponibilidade por parte dos profissionais. É por isso preciso encontra novos métodos de organização que tornem permanentes a capacidade dos hospitais para recolherem órgãos.
* Nota do Editor: noticia atualizada ás 13h00 com declarações da Coordenadora Nacional da Transplantação.