No dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama o IPO quer alertar para a importância do diagnóstico precoce. O cancro da mama afeta cada vez mais mulheres em idade reprodutiva e com menos de 40 anos.
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Nas últimas duas décadas os casos de doença em estado avançado passaram de 40% para 5%. Um em cada seis cancros da mama ocorre antes dos 50 anos de idade, o registo oncológico do norte revela um aumento de 2% ao ano em doentes com menos de 40 anos e três quartos destes casos não apresentam fatores de risco. Joaquim Abreu, diretor da clínica da mama do IPO do Porto, sublinha a importância do diagnóstico precoce.
Estima-se que a mamografia permitiu reduzir em 40% a morte por cancro da mama.
Todos os anos a clínica da Mama no IPO do Porto recebe cerca de 1200 novos doentes.
"O que não nos mata torna-nos mais fortes"
Fátima Ribeiro é um exemplo de um caso de sucesso do cancro da mama, porque a doença foi diagnosticada precocemente.
Tem 44 anos, três filhos e foi num exame de rotina que detetou um carcinoma na mama de grau 1, evasivo, mas com índices pouco agressivos. Foi operada, retirou o tumor e como estava num estado inicial não foi necessário realizar tratamentos de quimioterapia. Fez radioterapia e hormonoterapia, conseguiu continuar a trabalhar e manter as rotinas.
"Vi isto como uma oportunidade de fazer mais e melhor. Eu não tinha antecedentes genéticos, não tinha fatores de risco e fiz sempre os exames de rotina. O cancro é um obstáculo como qualquer outro na nossa vida. O que não nos mata torna-nos mais fortes".
As taxas de sobrevivência em casos de cancro da mama ultrapassam os 85% aos 5 anos.