Mudar hábitos e mentalidades, Portugal tem uma meta ecológica para atingir em 32 anos.
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Na rua, os carros são totalmente elétricos ou movidos a hidrogénio, mas quem habita neste mundo prefere os transportes coletivos. Nas casas, toda a eletricidade é proveniente de fontes renováveis e os produtos que existem nos frigoríficos e nas despensas são locais e com reduzida pegada carbónica.
E se o frigorífico avariar? A reparação ou a reutilização são as primeiras opções onde a reciclagem tem os índices mais elevados de sempre, numa economia circular. Nas indústrias, novos materiais encontram lugar em setores que tinham elevadas emissões de gases com efeitos de estufa.
Este é o mundo que ainda não existe, mas que está a ser pensado para quando se atingir a neutralidade da emissão carbónica - ponto onde as emissões de gases com efeito de estufa não ultrapassam a capacidade de as remover. Esta é a imagem traçada para Portugal em 2050.
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Comprometido com as Nações Unidas para diminuir as emissões de gases, o Governo apresenta esta terça-feira o Roteiro para a Neutralidade Carbónica.
Mas Carla Graça, da Associação Zero, em entrevista à TSF, acusou o executivo de enviar alguns sinais contraditórios.
TSF\audio\2018\12\noticias\04\carla_graca_2_sinais_contraditorios
O roteiro que está prestes a ser revelado, tem como objetivo a identificação de alternativas nas áreas da energia, transportes, resíduos e agricultura que sejam economicamente viáveis e socialmente aceites.
Para eliminar a pegada carbónica de Portugal, o Roteiro para a Neutralidade Carbónica defende ainda que os próximos 10 anos serão decisivos para Portugal atingir os seus objetivos.