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Reinaldo Rodrigues/Global Imagens
O alerta consta no Relatório de Segurança Interna, mas o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade e Terrorismo acredita que não há um risco acrescido do terrorismo islâmico em Portugal.
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O Diário de Notícias escreve na edição desta sexta-feira que o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), relativo ao ano passado, aponta para um aumento do risco da ameaça terrorista, não tanto pela probabilidade maior de atentados, mas pelo apoio a células terroristas a operar no estrangeiro.
O RASI realça que os "indícios" de risco detetados em território nacional não estão "diretamente relacionados com o planeamento e execução de atentados em Portugal, mas sim com o apoio às estruturas terroristas a operar no exterior, em particular na Europa e na região sírío-iraquiana".
Em declarações à TSF, presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade e Terrorismo (OSCOT) garante que não há um risco maior de terrorismo islâmico em Portugal. António Nunes acredita que Portugal pode funcionar mais como um local "para a preparação e reflexão do que propriamente em termos de materialização dos atos".
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António Nunes diz que o risco de radicalização existe, mas não representa uma ameaça nova na sociedade portuguesa. "A radicalização é um dos principais fatores, de que temos vindo a falar, que tem de ser combatido desde a sua origem. Portugal nas suas comunidades islâmicas tem uma integração muito forte na sociedade, portanto essa não será certamente um problema", explica.
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No entanto, António Nunes sublinha que "não quer dizer que não apareçam casos isolados de pessoas que não estejam integradas nessas comunidades que possam ter atos de radicalização. É preciso estarmos atentos e isso sim é um risco para Portugal como para qualquer país da Europa".
O Relatório Anual de Segurança Interna vai ser entregue hoje na Assembleia da República, depois de ter sido analisado ontem pelo Conselho Superior de Segurança Interna.