O Festival Nacional de Robótica, organizado pela Sociedade Portuguesa de Robótica e pelo Instituto Politécnico de Bragança, conta este ano com mais de 500 participantes.
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Até domingo, muitas equipas de diversas modalidades estão a competir por um lugar no campeonato do mundo, que se realizará no próximo ano, na Alemanha. Para lá dos amantes portugueses de robótica, também ali está mais de uma centena de participantes estrangeiros. Vieram ver e mostrar o que de mais inovador, se faz nesta área.
O imenso pavilhão do Núcleo empresarial de Bragança torna-se pequeno para tantas máquinas e competições. Francisca Romero tem 12 anos. Veio de Torres Vedras. A equipa de que faz parte vai competir com um robô numa prova de busca e salvamento.
"Aqui nos estamos a simular uma catástrofe natura em que o robô vai ter de seguir uma linha até chegar a uma sala onde tem várias vítimas. É a chamada sala de evacuação. Aí ele tem de por as vítimas, este ano são bolas, numa plataforma segura". Francisca acrescenta que "gosta muito da robótica porque há sempre coisas novas para aprender".
Aprender a dançar não é para qualquer um nem para um qualquer robô, mas para os pequenos e crescidos do Agrupamento de Escolas do Freixo, em Ponte de Lima, uma escola inovadora já lá vão quatro anos para a Microsoft, isso já faz parte do dia-a-dia, diz a professora, Ana Lagoa. "Temos duas equipas de dança.
Esta que é dos mais novos que tem como base a música dos marretas que é a do "ma na ma na" (risos). A outra que é dos mais velhinhos, que já constroem os robôs, isto são robôs que são montados com peças de legos, legos MXT que dá para começar a trabalhar desde o primeiro ciclo".
Alguns destes alunos do Clube de Robótica da Escola de Freixo, Ponte de Lima, são campeões mundiais. Ao lado outros campeões de robótica, mas no futebol. São da Universidade de Aveiro. "Em 2008 fomos campeões do mundo e desde então temos ficado nos três primeiros lugares", diz com orgulho Ricardo Dias, investigador da UA, enquanto se perfilam no campo de jogo os robôs da Cambada, nome da equipa da Universidade de Aveiro e uma outra de Holandeses.
Ao Festival Nacional de Robótica vieram muitos especialistas de vários países, cerca de um quinto dos participantes. Do México, chegou o César Emmanuel. Tem 13 anos, quer ser médico e combinar a medicina com a robótica." Desde pequenino que tenho na ideia ser médico. Quando descobri a robótica veio-me à ideia que a podia combinar com a medicina porque penso que poderão servir muito a humanidade, no futuro", diz o pequeno estudante de Vera Cruz.
O festival já teve uma conferência Internacional sobre tudo o que diz respeito aos robôs. Agora, o fim de semana vai ser de competição, pura e dura nas diversas modalidades, acrescenta José Lima da organização. "Desde o futebol robótico para juniores até ao à prova mais mítica dos seniores. Condução autónoma, busca e salvamento, por robot factory, até uma prova aberta onde cada equipa propõe uma determinada tarefa". A entrada no evento é livre num Festival que transforma, durante alguns dias, Bragança na capital robótica do país.