Uma plataforma de deteção de fogos florestais é apresentada esta quarta-feira na Web Summit.
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Um grupo de investigadores está a vender uma solução global para a área de deteção de incêndios. O nome é inglês mas a tecnologia é portuguesa: Bee2FireDetection quer estar em todas as torres de vigilância das florestas.
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A tecnologia, como adianta João Matos, da Bee2FireDetection, passa por instalar no terreno uma série de sensores desenvolvidos pela empresa: "trabalhamos com três tipos de tecnologia: espetrometria ótica, com câmaras térmicas e com câmaras óticas, e depois também com estações meteorológicas. Temos uma solução que engloba inteligência artificial para trabalhar toda a informação e poder dá-la da melhor forma a quem está nas salas de controlo".
João Matos acrescenta que esta ferramenta é importante no apoio às decisões de comando da proteção civil ou dos bombeiros.
"Damos informações sobre quando é que existe o incêndio onde é que ele está, como é que se deve ir até ao incêndio, que tipo de atitudes é que se deve tomar, como é que o incêndio se pode propagar e que tipo de atitude se deve tomar para poder a ajudar a apagar o fogo", sublinha.
Por outro lado, "este tipo de conceito permite que nas salas de operações se tenha em tempo real a ideia do que se está a passar e, em simultâneo, da meteorologia que é criada em função do incêndio. No fundo, dar informação a quem precisa dela para tomar decisões", explica João Matos
Com este conceito a empresa veio a Web Summit com uma intenção: "esperamos angariar investimentos para podermos vender no estrangeiro."
João Matos revela que "estamos interessados em divulgar a ideia e o projeto e, ao mesmo tempo, podermos angariar alguns fundos que nos permitam internacionalizar o conceito e o produto".
Uma ideia exportadora, para já com clientes nos produtores de pasta de papel de Portugal e do Brasil.