O presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos afirma que os pais que decidem não vacinar os filhos devem ser acusados de negligência.
Corpo do artigo
Para José Lopes dos Santos, a morte da jovem de 17 anos, que esteve vários dias internada no Hospital Dona Estefânia, deve servir de exemplo e de alerta.
"Sabemos que o sarampo poder ser mortal, a mortalidade pode ir até dois por cada mil casos de sarampo e mesmo os que não morrem podem ter complicações graves. Os pais devem estar alertados e os que por motivos fúteis ou por má informação decidem não vacinar devem refletir e pensar que podem ser responsabilizados. Este é um caso de negligência, o Estado e o Ministério Público devem investigar e responsabilizar os pais do ponto de vista criminal. Infelizmente, já que esta criança morreu, que sirva de exemplo e de alerta".
TSF\audio\2017\04\noticias\19\jose_lopes_dos_santos_1
O presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos diz que são poucos os casos que conhece de pais que optam por não vacinar os filhos e diz quais os argumentos mais usados. "Argumentos como a possibilidade de autismo e há muitas vezes um preconceito ideológico contra as multinacionais, de que estão a explorar as pessoas e a criar falsas necessidades. Felizmente temos uma das melhores taxas de vacinação de todo o mundo".
TSF\audio\2017\04\noticias\19\jose_lopes_dos_santos_2
José Lopes dos Santos diz ainda que não tem havido grande alarmismo nos últimos dias entre os que o procuram, porque a maioria das pessoas está vacinada. O médico não ficou surpreendido com esta epidemia, porque "há um grande movimento anti-vacinas no mundo e já esperava que um dia chegasse a Portugal".