Em Portugal, surgem por ano, cerca de 1400 novos casos de cancro do pâncreas. Dentro de uma década, a doença vai ser uma das principais causas de morte por cancro.
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O cancro do pâncreas é, de todos os cancros, o que tem a taxa de sobrevivência mais baixa, com uma sobrevivência global aos cinco anos de apenas 5%. Sem melhorias no diagnóstico, prevê-se que venha a tornar-se a segunda principal causa de morte por cancro em 2030.
O diagnóstico foi fixado à TSF por Vítor Neves, presidente da Europacolon, a Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo.
"A incidência corresponde à mortalidade. Em 2020-2025 vai ser uma das doenças mais incidentes na população mundial. Está na nossa mão tentar controlá-la e tentar chegar aos pacientes. É uma doenças que está a demonstrar que não está controlada", refere Vítor Neves.
O presidente da Europacolon questiona também a falta de investimento no combate à doença. "O aparecimento de 1500 novos casos anuais não é um valor muito grande em termos de população. Os financiamentos da indústria não têm sido prioritários no combate ao cancro pancreático".
Uma falta de investimento a que se junta também, considera Vítor Neves, uma ausência na política de prevenção. "Vivemos numa sociedade em que, infelizmente, a prevenção não é a prioridade do nosso sistema nacional de saúde. [Em Portugal] Preferimos tratar doenças em estado avançado do que gastar muito menos em prevenção", acrescenta o presidente da Europacolon.
A Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo apresenta esta 6ª feira o mais recente estudo internacional associado à doença do cancro do Pâncreas.