Apesar dos 20 milhões de euros que o Centro Hospitalar do Algarve prevê investir durante três anos, os constrangimentos continuam na unidade. A falta de médicos e de equipamentos são os mais visíveis.
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Este verão tem havido dias sem médicos ortopedistas na escala de urgência do Hospital de Faro. Preocupação acrescida quando começa hoje a habitual concentração de motas, que se prolonga durante quatro dias.
Mas Joaquim Ramalho, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), afirma que nessa especialidade não vai haver problemas. "Está perfeitamente garantido, não só durante o evento mas ao longo de todo o verão". O mesmo não se passa com pediatria, uma especialidade onde muitas vezes não há urgência em Portimão.
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A dificuldade em atrair médicos para o Algarve continua. A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve pôs em andamento o programa de mobilidade de médicos de modo a que aqueles que queiram fazer urgências na região neste período de férias o possam fazer, mas até agora só houve quatro interessados.
A passagem para Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), hoje anunciada em Conselho de Ministros, "é um fator de qualificação do próprio centro hospitalar, não resolve todos os problemas mas é um fator de atração", diz Joaquim Ramalho.
Até 2019, o Hospital de Faro tem previsto investir 20 milhões de euros em equipamentos e até à data investiu cerca de cinco milhões. Um dos equipamentos será um novo aparelho de Tomografia Computorizada que só deve estar a funcionar daqui por alguns meses.
Porque volta e meia, lembra Jorge Pereira, quando o atual equipamento falha, os doentes têm que ser transferidos para os hospitais privados."Estão a imaginar um doente em estado crítico, internado nos Cuidados Intensivos", diz o médico, salientando que há casos de pacientes que não se podem deslocar para o exterior.
O equipamento vai permitir uma poupança de 300 mil euros ao hospital. O CHA anunciou também a aquisição de um novo equipamento de Hemodinâmica, já a funcionar, que permite o apoio à Unidade de Via Verde Coronária, um dos três únicos equipamentos do género existentes no mundo.