Barulho, pó, atividade noturna. A pedreira situada no sítio da Palmeira, na Serra de Monchique (Algarve), provoca constrangimentos aos vizinhos. O autarca de Monchique diz que vai chumbar a ampliação da pedreira.
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A atividade da pedreira de sienito, situada no sítio da Palmeira, em Monchique, tem merecido o descontentamento da população. "A atividade é ruidosa, pelo que pude constatar trabalham fora de horas, existe iluminação noturna que também não é permitida. As pessoas que ali vivem têm toda a razão", afirma o presidente da Câmara Municipal.
O autarca recorda que a pedreira está licenciada desde os anos 80 e neste momento a entidade que tem competência para fiscalizar é a Direção Geral de Energia e Geologia. "Tem havido várias comunicações da minha parte para que esta entidade fiscalize e acompanhe o que está a acontecer neste terreno".
Nesta altura há um pedido de ampliação da pedreira. "Da parte da câmara Municipal terá parecer negativo", garante o autarca. Rui André sublinha que embargou trabalhos que estavam a decorrer já fora do perímetro da pedreira, no entanto, ela continua a laborar já que tem licença para o fazer.
"Não percebo porque é que as entidades fiscalizadoras não fazem cumprir a lei", adverte o autarca, alertando para o facto de a pedreira "poder perigar o perímetro de proteção das próprias Caldas de Monchique", onde se produz água mineral, bem como alguns recursos arqueológicos que se situam naquela zona.
"Qualquer habitante de Monchique que queira fazer uma pequena intervenção na sua casa tem uma série de constrangimentos porque estão em zonas de RAN (Rede Agrícola Nacional), REN ( rede Ecológica Nacional), de Rede Natura", lamenta o autarca, sublinhando que uma atividade industrial como uma pedreira "parece que não é fiscalizada nem acompanhada pelas autoridades competentes."