A petição para uma comissão de inquérito sobre as adoções na IURD conseguiu atingir as assinaturas necessárias para ser discutida na Assembleia da República.
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A petição "Não adoto este silêncio", que propõe uma comissão parlamentar de inquérito sobre os casos de alegadas adoções ilegais envolvendo a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), foi aceite, esta quarta-feira, pelo parlamento.
A petição será discutida em plenário da Assembleia da República, dado que tem mais (5.787) do que as 4 mil necessárias para que isso aconteça, não havendo ainda data previsível para tal acontecer.
Teresa Morais, do PSD, é a deputada responsável por fazer o relatório sobre a petição, que tem dois meses para ser discutido na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias. O agendamento dependerá, depois, da conferência de líderes parlamentares.
Tratando-se de uma petição, qualquer iniciativa depende dos grupos parlamentares. Neste caso, e segundo a lei, um inquérito parlamentar tem que ser proposto por um quinto dos deputados.
Nenhum partido tomou, até agora, posição quanto a um eventual inquérito sobre o caso das alegadas adoções ilegais de crianças portuguesas envolvendo a IURD, e noticiadas pela TVI numa série de reportagens intituladas "Segredo dos Deuses".
Em janeiro, realizaram-se vigílias em vários pontos do país, incluindo uma frente à Assembleia da República, em Lisboa, em que se exigia a criação de uma comissão de inquérito sobre este caso.