Joana Marques Vidal aceitou, esta sexta-feira, o pedido dos procuradores para adiar os prazos de investigação da Operação Marquês pelo menos "até finais de abril".
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A procuradora-geral da República aceitou prolongar o prazo de investigação da Operação Marquês. Os procuradores pediram para continuar a trabalhar no processo até junho. Joana Marques Vidal aceitou adiar a data, mas exige que, até ao final de abril seja feito um balanço e, nessa altura, será reavaliada a necessidade de os procuradores continuarem com a investigação.
No comunicado enviado às redações, a Procuradoria explica que o diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Amadeu Guerra, deverá prestar "informação, até finais de abril" sobre a "evolução entretanto ocorrida nos segmentos e fases de conclusão do inquérito e elaboração do despacho final" e "indicar o prazo que se mostra ainda necessário, se esse for o caso". Ou seja, mediante as informações que forem prestadas nessa altura, o prazo da investigação pode ser novamente definido.
Na nota enviada à comunicação social, a Procuradoria-Geral da República (PGR) refere que foram analisados e ponderados todos os elementos, tendo entendido Joana Marques Vidal que "o pedido de prorrogação do prazo concedido para a conclusão da investigação e da redação do despacho final mostra-se justificado e deverá ser atendido".
Esta é a segunda vez que o prazo da investigação é prolongado. A 14 de setembro de 2016, a procuradora-geral da República tinha decidido conceder mais 180 dias, que terminavam esta sexta-feira.
A Operação Marquês, que investiga crimes de corrupção, branqueamento de capitais, fraude fiscal, recebimento indevido de vantagem, falsificação e tráfico de influência, foi tornada pública pelo Ministério Público em novembro de 2014 e conta agora com 28 arguidos, dos quais nove empresas.