Os 16 detidos foram detidos por crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, abuso de poder e falsificação de documentos.
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Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) esclarece que, "através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e no âmbito de um inquérito dirigido pelo DIAP de Lisboa, na sequência e em complemento da operação realizada no mês de novembro do ano passado, deteve doze militares e quatro empresários ligados ao ramo da comercialização de géneros alimentícios, por crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, abuso de poder e falsificação de documentos". Entre os 12 militares detidos há um major-general, um coronel, um tenente-coronel e um major.
Na "Operação Zeus" participaram 130 elementos da PJ e 10 Magistrados do Ministério Público (MP), foram realizadas 36 buscas nas áreas dos distritos de Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Évora e Faro, das quais 31 domiciliárias e cinco não domiciliárias, "tendo sido apreendidos documentos e material relacionado com a atividade criminosa em investigação".
No documento, a PJ explica que "o modus operandi consistia na sobrefaturação de bens e matérias-primas para a confeção de refeições nas messes da Força Aérea, e posterior divisão entre os militares e os empresários do saldo relativo à diferença entre o valor da fatura original, ou seja, o valor efetivo da venda dos produtos alimentares e o valor sobre faturado ao Estado".
Os 16 detidos serão presentes a tribunal, para determinação das medidas de coação.
A TSF contactou a Força Aérea que confirmou a realização de buscas por parte da PJ.