Em duas semanas de operação no Mar Egeu, a equipa da Polícia Marítima resgatou 550 refugiados e migrantes e deteve 3 suspeitos de tráfico de seres humanos.
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Depois de uma semana mais tranquila, nos últimos dias o fluxo migratório voltou a intensificar-se junto à costa da Grécia e da Turquia.
Pacheco Antunes, chefe da equipa da Polícia Marítima portuguesa a operar no terreno, explica que as condições metereológicas deverão estar na origem desta oscilação: "o tempo não ajudou. O mar esteve um pouco revoltoso e então eles não arriscam vir nessas condições de mar".
Assumem outros riscos. Por exemplo, atravessar o mediterrâneo em embarcações sobrelotadas, "muito cheias, muito cheias! São embarcações com cerca de 8 metros, 8 a 10 metros, e trazem em média 50 a 60 emigrantes a bordo", explica.
Pacheco Antunes diz que esta missão tem sido gratificante apesar da dificuldade em lidar com alguns aspectos. Caso das crianças envolvidas nestas viagens até à Europa. "Têm vindo muitas crianças, sim. Crianças e bebés de colo....e recém-nascidos".
A missão da equipa portuguesa é, por um lado, garantir que estes refugiados e migrantes chegam a terra em condições de segurança, por outro, deter os responsáveis pelas embarcações. Tarefa difícil diz este oficial da polícia marítima. "Não é fácil. Por vezes eles vêm dissimulados no meio dos emigrantes e é difícil saber quem é".
A missão desta equipa da polícia marítima portuguesa termina no final do ano.