Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e antigo ministro reconhecem que números oficiais não dizem tudo.
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A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) acredita que os casos de tráfico de seres humanos detetados pelas polícias ficam abaixo da realidade.
O tema é esta sexta-feira tema de uma conferência promovida pelo Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que na semana passada alertou que este crime está fora de controlo, apesar dos números muito baixos das estatísticas oficiais.
Em 2017 o SEF apenas abriu 20 inquéritos, algo que para o sindicato é "ridículo" perante a realidade.
O presidente da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), João Lázaro, admite que os números oficiais do tráfico de seres humanos ficam longe da realidade, apesar de ser impossível perceber a diferença entre o real e o oficial.
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Rui Pereira, antigo ministro da Administração Interna e responsável científico pela organização da conferência sobre o tema, também admite que neste crime existirá uma "cifra negra" elevada em todo o mundo e não apenas em Portugal.
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A conferência sobre tráfico de pessoas acontece esta sexta-feira em Lisboa, no ISCSP, com a presença de académicos, especialistas das polícias mas também o Ministro da Administração Interna.