Portugal precisa de empresas que giram a floresta de forma profissional, defende Costa
Para António Costa, o país não tem o direito de abdicar de um recurso como a floresta, que precisa de ser valorizada não só pelas empresas, mas por toda a sociedade.
Corpo do artigo
O primeiro-ministro insiste que o país tem que apostar na floresta, que no entender de António Costa é uma fonte de riqueza, que não se pode desperdiçar.
De passagem esta sexta-feira pela empresa Sonae Arauco, em Mangualde, onde presidiu à assinatura de um contrato de investimento de 42 milhões de euros, o chefe de governo defendeu que Portugal precisa de atrair companhias que façam uma gestão profissional da fileira, como já acontece em outros países.
"Precisamos de atrair para Portugal empresas como as que existem no Chile, Finlândia, e em tantos outros países, e que fazem uma gestão profissional da floresta, como proprietários ou arrendatários, mas que asseguram aquilo que a propriedade fragmentada que temos hoje não pode assegurar", disse.
Para António Costa, o país não tem o direito de abdicar de um recurso como a floresta, que precisa de ser valorizada não só pelas empresas, como por toda a sociedade.
Em Mangualde, um dos vários concelhos que foram afetados pelos incêndios de outubro do ano passado, o primeiro-ministro aproveitou para dizer que o Programa Atrair, criado pelo Governo, para ajudar a dinamizar os territórios devastados pelas chamas, já permitiu captar "400 milhões de euros de investimento ao longo deste ano, num total de 91 projetos".
"Isso demonstra que com bons incentivos não faltam empresas boas, aumentando a riqueza nacional e ajudando a criar mais e melhor emprego", declarou.
A sessão de assinatura do contrato de investimento ficou ainda marcada pelas queixas do CEO da Sonae Arauco, empresa que mesmo depois de ter sido atingida pelas chamas em outubro de 2017 já conseguiu recuperar.
Segundo Rui Correia, o grande problema do grupo prende-se agora com "a falta de madeira", em resultado dos incêndios e "da queda inexorável da área de floresta de pinho em Portugal" que nos últimos anos desceu 43 por cento.