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O Barómetro da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e da Intercampus mostra que o sentimento de segurança aumentou entre 2012 e 2017.
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Os dados do Barómetro mostram que entre 2012 e 2017 houve melhorias no sentimento de segurança dos portugueses. A diretora da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) justifica a evolução com a conjuntura social e económica.
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Carmen Rasquete lembra que em 2012 o país estava em pleno período de crise e o pessimismo e o medo faziam aumentar o sentimento de insegurança.
O Barómetro da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e da Intercampus mostra que uma em cada três pessoas tem medo de ser assaltada e é no sul do país que esse receio é maior. Dados que podem ser explicados com o envelhecimento da população no Alentejo e no Algarve.
Em 2017, apenas 10% dos inquiridos dizia sentir que mora numa zona perigosa. Há cinco anos essa percentagem era de 19%.
Entre aqueles que sentem maior insegurança, 30% têm mais de 65 anos. Os mais novos, entre os 15 e os 24 anos, são os que se sentem mais seguros na zona onde residem.
Em termos geográficos, é na região de Lisboa que mais pessoas consideram que vivem em zonas perigosas (36%), seguida do Norte (33%), e do Centro (21%) e, por fim, os habitantes do Alentejo (9%) e do Algarve (2%).
Para a Polícia de Segurança Pública (PSP), a principal razão que leva as pessoas a sentirem-se mais seguras é a descida da criminalidade. O Diário de Notícias revela que entre 2012 e 2016 houve menos 65 mil crimes em todo o país.
Entrevistado pelo DN, Hugo Palma, diretor do gabinete de imprensa da PSP, lembra ainda que a polícia está mais visível, o que também interfere no sentimento de segurança.
Os dados do Barómetro APAV/Intercampus resultam de 600 entrevistas feitas entre 24 de outubro e 11 de novembro a 600 pessoas com 15 ou mais anos, residentes em Portugal continental.