O presidente do INEM, demitido ontem pelo ministro da Saúde, anunciou que vai agir administrativa e criminalmente contra os agentes que atuaram no processo que conduziu ao seu afastamento do cargo.
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Paulo Campos acusa a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) de ter ignorado "olimpicamente" 15 dos 17 testemunhos arrolados ao processo que o envolveu.
Entrevistado pela TSF, em direto no jornal das 16:00, o presidente do INEM garantiu que agiu sempre em defesa dos interesses dos doentes e falou numa atitude de "saneamento político" e com várias "irregularidades processuais".
Paulo Campos revelou também que, durante o último ano, foi proibido de falar publicamente pelo ex-secretário de Estado Adjunto da Saúde, Leal da Costa.
"Há claramente um ataque à minha honra e à minha dignidade", disse o médico acrescentando que compreende a posição do atual ministro que ontem deu seguimento à recomendação da IGAS para afastar o presidente do INEM.
Paulo Campos prometeu agir administrativa e criminalmente contra todos os agentes que atuaram no processo, incluindo a anterior equipa ministerial, dirigida por Paulo Macedo.