A Associação Nacional de Professores considera que os alunos passam por demasiadas etapas no seu percurso escolar e que há chumbos a mais.
Corpo do artigo
A Associação Nacional de Professores já avançou com propostas que vão no mesmo sentido do Conselho Nacional de Educação.
Paula Carqueja, presidente da Associação vai mais longe do que o CNE e propõe que o primeiro ano de escolaridade devia ser considerado pré-escolar, haver um primeiro ciclo até ao 5º ano, que seria de transição e a seguir um 2º ciclo até ao 12º ano de escolaridade. Porque, em seu entender o modelo atual não serve. "É uma carreira de estudante demasiado espartilhada", diz.
O Conselho Nacional de Educação considera também que há demasiadas reprovações no ensino português e a Associação Nacional de Professores afina pelo mesmo tom.
Sugere que logo no final do primeiro período, quando se detetarem dificuldades nos alunos estes devem ter um acompanhamento personalizado. "Logo após o primeiro período deve-se fazer o levantamento exaustivo das necessidades dessas crianças, ver o que está a falhar e preparar um apoio individual".
Paula Carqueja considera que atualmente os alunos portugueses vivem infelizes. "Temos que repensar que escola é que queremos", porque a escola deve ser "um espaço de felicidade, de partilha e de todos".
Uma escola com novos parâmetros para tornar mais eficaz o ensino.
Perante a proposta, o ministro da Educação considera que eliminar o 2.º ciclo tem de ser uma ideia muito discutida. Tiago Brandão Rodrigues acredita que os argumentos do CNE não fazem sentido, até porque os chumbos têm diminuído.
TSF\audio\2018\11\noticias\21\tiago_brandao_rodrigues_1
(Notícia atualizada às 19h24 com declarações do ministro)