O PSD lembra ter proposto mais meios para a fiscalização ambiental, tendo a proposta sido rejeitada pelo Governo, alegando que os meios existentes "eram suficientes".
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O Partido Social-Democrata (PSD) acusou, esta quinta-feira, o ministro do Ambiente de inação no combate à poluição do rio Tejo. Os deputados do PSD atribuíram responsabilidades ao ministro João Pedro Matos Fernandes pela atual situação do rio, em Abrantes.
Um manto de espuma branca com cerca de meio metro cobriu o rio Tejo na zona de Abrantes, junto à queda de água do açude insuflável, por causa da poluição da água. Um cenário descrito como "dantesco" pelo proTEJO, movimento ambientalista pela defesa do rio Tejo, e como "assustador" pela autarquia.
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Num comunicado à imprensa, o PSD afirma ter proposto mais meios humanos e técnicos para fiscalização da situação, tendo a proposta sido rejeitada pelo Governo, alegando que os meios existentes "eram suficientes".
Os sociais-democratas redigiram um documento com 10 perguntas, enviado esta quinta-feira ao ministro do Ambiente, no qual lembram o Governo e os partidos que o apoiam de que a proposta do PDD que foi chumbada "previa a transferência de verbas para reforçar os meios da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT).
"Em audiência na Comissão Parlamentar do Ambiente, o Inspetor-geral confirmou que os meios disponíveis eram suficientes, pelo que não se percebe como não se conseguem evitar as repetidas descargas poluentes no rio Tejo", alega o PSD.
"O rei vai nu no ambiente em Portugal, e em particular no rio Tejo", afirmou o deputado social-democrata Duarte Marques.
Duarte Marques, Nuno Serra, Teresa Leal Coelho, Luis Leite Ramos, Bruno Coimbra e José Carlos Barros são os deputados do PSD que subscrevem estas 10 perguntas dirigidas ao ministro do Ambiente.
Agência Portuguesa do Ambiente está a analisar o caso
Mediante a polémica que o caso está a desencadear, a Agência Portuguea do Ambiente anunciou, esta quinta-feira, em comunicado, "que se encontra a acompanhar, de perto, a ocorrência".
"Foram recolhidas amostras da água e espuma para análise e mantem-se uma monitorização próxima", garantiu a APA, acrescentando que "os resultados da análise, que procurarão identificar os poluentes em causa, serão conhecidos no decorrer da próxima semana".